FALSA LIBERDADE
(I)
O luar da minha terra,
radiava primavera,
em inverno e verão.
Eu chorava emocionada,
com a beleza do roçado
e de minha plantação.
Fez-se então o meu destino,
Quando um dia por intriga
do meu pobre coração,
dei um basta em minha vida,
fui embora do sertão.
REFRÃO(II)
Que presunção,
esta falsa liberdade.
Se no campo a vida é boa,
porque tanta gente voa,
sem viver pela cidade.
(III)
Abandonando minha casa e aquela vida,
fiz chorar mamãe querida,
que jurava me esperar.
Riacho doce onde eu matava a sede,
esqueci junto ao verde,
que queria ornamentar.
Meu sol, meu chão,
o arvoredo que dobrava,
sombreando assobiava,
pra na rede eu ressonar.
Vera Aguiar
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