domingo, 11 de novembro de 2012

FALSA LIBERDADE




FALSA LIBERDADE

(I)
O luar da minha terra,
radiava primavera,
em inverno e verão.
Eu chorava emocionada, 
com a beleza do roçado
e de minha plantação.
Fez-se então o meu destino,
Quando um dia por intriga 
do meu pobre coração,
dei um basta em minha vida, 
fui embora do sertão.

REFRÃO(II) 
Que presunção, 
esta falsa liberdade. 
Se no campo a vida é boa, 
porque tanta gente voa, 
sem viver pela cidade. 

(III) 
Abandonando minha casa e aquela vida, 
fiz chorar mamãe querida, 
que jurava me esperar. 
Riacho doce onde eu matava a sede, 
esqueci junto ao verde, 
que queria ornamentar. 
Meu sol, meu chão, 
o arvoredo que dobrava, 
sombreando assobiava, 
pra na rede eu ressonar. 

Vera Aguiar

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