sexta-feira, 23 de novembro de 2012

SAUDADE TIRANA


SAUDADE TIRANA 
Vera Aguiar / Reg: 142.187 

(I) 
Saudade és um visitante as vezes traiçoeiro, 
chegas com a perda do amor derradeiro, 
para machucar um triste coração! 
Tão triste sozinha peno e choro magoada, 
vivo agora tão amargurada, 
porque de uma vez não se vá então. 

REFRÃO (II) 
Saudade você é demais, 
não me deixa em paz, 
não me dá sossego, 
sei que és tirana te peço arrego, 
por favor se ausente do meu coração. 

(III) 
A dor só me entristece e me tira a vida! 
já não possa mais viver esquecida, 
Ao mundo real preciso voltar. 
preciso ter em mim agora, 
um novo amor uma nova aurora. 
Peço-te saudade que se vá embora, 
preciso de forças pra recomeçar. 

Vera Aguiar 

REGRESSO

REGRESSO 
Vera Aguiar / Reg: 142.187 

(I) 
Meu rancho alegre e muita magia, 
deixei um dia no meu Paraná. 
Com a saudade e a fantasia, 
esperançosa embarquei pra cá. 
Ganhei espaço na imaginação, 
nutri meu peito com a poesia, 
pedi a Deus a conservação, 
de minha alma pra voltar um dia. 

REFRÃO (II) 
Fiz-me poeta pra levar a vida 
para o viver assim não me levar, 
com a lembrança do que um dia fui, 
fiz uma trilha para caminhar. 

(III) 
Perdi pureza ganhei ilusão, 
vivi o medo da cidade grande, 
senti de perto a transformação, 
por tudo, tudo que me fez errante. 
Ainda em tempo pude perceber, 
que tudo em mim era confusão, 
senti então que estava magoada 
e machucada, com a separação. 

(IV) 
Voltei correndo ao rincão amado, 
que de bom grado me acolheu, 
feliz de volta faço poesias, 
a tudo aquilo que ainda é meu. 

Vera Aguiar 


MINHA TERRA




MINHA TERRA 
Vera Aguiar / Reg: 142.187 

(I) 
Na minha terra a natureza é bela como manda a lei. 
Ainda existem feras em matas embrenhadas. 
Também na primavera ainda tem florada. 
Lá o amor manda a mais linda banda com a passarada. 
Lá tem mais estrelas e tem ao luar, 
Lindas cachoeiras de águas a rolar. 

REFRÃO (II) 
A voz do vento vai. 
A voz do vento vem. 
A voz do vento vem dizer também, 
que o bater do sol lá no riacho meu, 
faz arco-íris neste céu de Deus. 

(III) 
Ao amanhecer entro em sintonia com a natureza, 
que traz mais beleza com o novo dia. 
A passarada voa e revoando entoa doce melodia, 
Fazendo eco no espaço, 
para comandar o compasso, de alguém a chorar! 
É o cancioneiro amigo, 
o monjolinho antigo sempre a trabalhar. 

Vera Aguiar



segunda-feira, 12 de novembro de 2012

LOUCURAS NO AMOR

LOUCURAS NO AMOR
Vera Aguiar / Reg: 142.187

 (I)
Tenho saudades da tua pele cheirosa,
Dos nossos banhos em rosas,
Nas águas do rio Chuá.
Retorno então pra sonhar na tua rede,
te amar matando a sede,
no uivante vaivém.

REFRÃO (II:  2x)
Te quero minha doce amante,
linda e constante no meu viver!

(III)
Vem no vaivém da rede,
mato minha sede provo teu sabor
e tu terás toda magia
que a fantasia deixa no amor!

(IV)
Quero sentir o teu cheiro,
Quero ter inteiro o teu corpo em mim.
Com toda essa beleza nua,
assim como a lua ao noitecer,
faz-se dona absoluta
na beleza bruta, deste meu prazer.

(V)
Então te cobrirei de rosas,
Te apertarei gostosa
sobre o meu peito!
Vou te por a toda prova
e o renova ainda mais perfeito.
Vera Aguiar


domingo, 11 de novembro de 2012

INCOMPARÁVEL BELEZA


INCOMPARÁVEL BELEZA
Vera Aguiar / Reg: 142.187

(I)
Vou numa constelação,
tentar achar fascinação
que supere a você.
Aventurar pelo espaço,
dominar também a laço,
minha imaginação.
Criar o que não existe, 
pra que eu possa ver tão triste,
que não és a perfeição.

REFRÃO (II)
Fui buscar no infinito,
o tesouro mais bonito, 
do amor para te dar,
mas a busca continua, 
pois beleza igual a tua, 
não consigo encontrar.

(III)
Meu amor nada adianta,
no viver só me encanta,
se ouvir você falar,
que sem mim nada te resta,
tua vida é uma festa,
se você comigo está. 
Vera Aguiar

FALSA LIBERDADE




FALSA LIBERDADE

(I)
O luar da minha terra,
radiava primavera,
em inverno e verão.
Eu chorava emocionada, 
com a beleza do roçado
e de minha plantação.
Fez-se então o meu destino,
Quando um dia por intriga 
do meu pobre coração,
dei um basta em minha vida, 
fui embora do sertão.

REFRÃO(II) 
Que presunção, 
esta falsa liberdade. 
Se no campo a vida é boa, 
porque tanta gente voa, 
sem viver pela cidade. 

(III) 
Abandonando minha casa e aquela vida, 
fiz chorar mamãe querida, 
que jurava me esperar. 
Riacho doce onde eu matava a sede, 
esqueci junto ao verde, 
que queria ornamentar. 
Meu sol, meu chão, 
o arvoredo que dobrava, 
sombreando assobiava, 
pra na rede eu ressonar. 

Vera Aguiar