segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O MUNDO EM TEUS BRAÇOS

O MUNDO EM TEUS BRAÇOS
Se você abrisse os braços,  
me colocasse dentro?
O céu choraria com pena da tristeza,
que envergonhada suicidaria-se,
do para-peito do amor em grande estilo!

Se você abrisse os braços,
me deixasse sentir o tremor,
de sua pele na minha?
Os deuses dos sentidos se repugnariam da dor,
que sem local tombaria,
nas avenidas da incompetência!

Se você abrisse os braços,
me agasalhasse nos carinhos ternos?
Os anjos em louvores inutilizariam a solidão,
deixando caminho para as coisas de primeira grandeza.
Então  cantaríamos a beleza,
sobre rupturas de futilidade!

Se você abrisse os braços,  
valsasse comigo?
Envergonhada de pensar por mim mesma,
me esqueceria como rabiscos,
em uma cantiga de amor,
no tom de seu viver.

Se por fim em seus braços,
me convidasse para o amor?
eu usaria cada uma das cores existente,
para corresponder a cada suspiro seu,
do amor então, seríamos arco-íris
Vera Aguiar

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

EU E AS VIOLETAS

EU E AS VIOLETAS

As violetas roxas ditam-me regras, 
Violetas azuis me inspiram, 
me transportam além do amar, 
dando-me rédeas imaginárias, 
o infinito posso alcançar. 

As violetas rosas e brancas, 
como anjo me fazem cantar. 
Sapateando nas estrelas, 
flutuando o azul do mar. 

Nas violetas amarelas me vejo mulher, 
em plena forma-de-flor, 
correndo campos afáveis, 
em delírios de amor. 

Violetas vermelhas quero, 
presente na minha solidão, 
por serem frias sentinelas, 
nas agruras da paixão. 

As multicores sabem me tocar, 
antecedem paixões ainda por vir. 
Pois são almas que cintilam, 
para amores frontear. 

Ai! As violetas me esperam! 
Não importa a cor, posso ver, 
em disfarces de amor-em-flor, 
violetas me socorrer. 

Me vejo desde criança, 
nas violetas mui belas, 
dançantes em rimas poéticas, 
sorrindo em minha janela. 
Vera Aguiar

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

MEU ANJO FERA





MEU ANJO FERA
Dentro de mim mora um bicho. 
Eu o chamo de Anjo! 
Comigo pega sempre maneiro! 
Pus-lhe canga para dominar, 
dei asas longas, 
para não rastejar, 
a cauda fiz afiada, 
para outros bichos afastar. 
Obediente me serve, 
do jeitinho que eu mandar: 
Anjo quando preciso, 
Fera se eu precisar. 
Vera Aguiar

MALÍCIA DE MULHER


MALÍCIA DE MULHER

Quando me olhas dengoso,
com jeito de quero mais,
me rendo em sua astúcia,
feito fera na busca,
que rindo se satisfaz.

Sua manha me encanta,
como serpente a enfeitiçar,
eu pobre presa calada,
deixo-me ser levada,
sabendo onde vou chegar.

Então mostro cheia de pose,
que minha malícia venceu,
com você quedado em meus braços,
perdido no tempo e espaço,
sem saber se és Você ou EU!
Vera Aguiar