quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Claustrofobo.









A INOCÊNCIA DO MAL

Foi precisa a invasão da lucidez! 
Para vir à tona a invasão do mal, 
sua estúpida faceta moral! 
Tal qual a coroa de Cristo feria!
Mas o amor imenso justificava,
cada farpa daquela agonia.
E assim renasceu uma alma!
Em doloroso expelir da essência,
mais verdadeira!
Mesmo que ambígua foi a linguagem,
Da flecha certeira
Vera Aguiar






























NO TOM DA DIFERENÇA

Quando não te vejo,
a saudade me assusta,
pois no encontro com o desencanto,
me pego sofrendo tanto,
ai,
esse amor tão caro custa.
Como amante penso então:
para meu doente coração,
a vida é injusta.
Quando te ouço me assusta,
pois tudo em mim dói,
a tua voz ofusca.
Quando te olho me assusta,
pois na menina de teu olhar,
tem um homem querendo me amar.
Quando te amo me assusta,
pois mais distante fica a busca.
Quando minha noite chega,
tua ausência me assusta,
pois meu abraço vazio,
conforta-se no travesseiro,
na minha cama o frio é,
meu fiel parceiro.
E minha alma assustada,
busca a tua para ser amada,
pois no sonho tudo é verdadeiro.

Vera Aguiar

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Trunco mas não Olvido.


         

             País, homens e ideias distintas, em paralelas razões, a visar um único ponto no horizonte de um céu recolhido.  Prefiro a fidelidade de Vladimir Maiakóvski, às suas origens experialistas.
            O povo tem hoje o que a maioria pediu, esperamos que a varinha de condão, não esteja nos planos deles, pois para um maestro segurar a batuta, tem que, haver, no mínimo a orquestra presente, ainda que, conjunto vazio de um povo, que tenta alcançar a linha que limita, a misericórdia e o motivo para entrar no barco, onde num dois pra cá, um pra lá, ferve os nervos do povo, naquele andar de baixo.
           Truncar ideia sim, agora e já, desde que eu não me faça cordeiro nas razões alheias.
           E agora Pessoa? O que diz Vinícius “Se amar o perdido deixa confundido o coração”? Quando Drummond pergunta: E agora José, o povo tem na frente o presidente aclamado, fora das gavetas, os sonhos de um país ainda amado. Será que o dia está ganho, vão esperar que, um testa apenas, encare todos os lixos revoltos e limpe as curvas de rio?
            Acordem homens! Este ar que bomba em seu peito é seu, sim, assim como a responsabilidade pela invertida que virá!
Sonhos de alguns anos, razão para hoje sonhar com coisas melhores, sem que as coisas do homem, seja motivo de medo ou ira dos inocentes, que ainda cruzam os braços indefesos, esperando que o céu se abra e por um vão qualquer, escorra anjos com sacolinhas de soluções. Das quais o representante é o presidente de um país.  Perceba que tem nas mãos a força, busca do sonho, se fincar pés nas questões a serem vistas.
Um homem hoje acordou diferente, sentindo-se, ponto de atração, de todos porem do mundo. Mas, ainda sorri e você que o sentou naquela cadeira, vai trocar em miúdo para contar essa história? Ou prefere dar nas mãos dele, o cálice da vitória de hoje apenas, no qual certamente nos afogaremos, pois o vinho é para poucos, o tombo para todos,  nessa guerra de nervos que se apodera do país, temos a maior prova de que, líder, seja qual for, estará na singularidade, nas tempestades,  cada um fazer apenas seu, o barco de todos!


Dor de olhos, vazados, manifesto eleições 2003.
                Vera Aguiar

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

DIAS ESCUROS

!...Aquilo tinha perfume e cor.
Trazia calafrios.
Quando acontecia era sempre hora de sofrer.
Na espera provocava a cólera do súbto desejo.
Uma dor sem local tinha sua vez.
Considerando o deplorável estado,
vinha uma entrega de um estranho poder.
Muitas pernas, muitas cabeças e muitos tudo.
Em consequente ao fogo que devorava,
lágrimas bem quietas rolavam,
figurando uma tez deformada.
Em lugar do sangue certamente,
era bombeado gélido suor com impressão de vida.
Dias,
este circulo seboso a custa de uma paixão sonsa,
tocava avante.
Possibilidades!
Possibilidades?
Possibilidades.
Coisa estranha era sentir-se,
corpos de atração de todos aqueles troços.


Vera Aguiar


O céu não chora.
Uiva,
na loucura do lobo homem!


Vera Aguiar

desenho: Simone Maia








domingo, 28 de agosto de 2011

EXPLOSION

?...
Hoje sou atómica.
Sinto-me,
mais destrutiva,
que a assassina de Hiroshima.
Cada átomo dimim,
não encontra seu espaço.
lutam entrisi,
pela maior radioatividade.
Não posso ser tocada,
sei que exalo negativismo.
Hoje sou mais peçonhenta,
que a serpente,
deixo o veneno fluir pelos poros.
Sinto-me,
mais má que a Medusa,
se olhar para alguém,
sei que se dissipa.
Sou mais cega que a própria,
está na minha essência a escuridão.
Apoderam-se de meus instante.
Em um pulsar absoluto,
passa por mim o trem da agonía,
deixa em meu paladar o gosto do negro,
minha saliva fora da boca,
autentica lapide de sepulcro.
O momento
não é momento,
A alma não é a minha,
sob reflexos de uma mente depressiva,
ao sabor do mundo cão.

Poema: Vera Aguiar

AE

?...

Arquivando-me como as coisas,
parafácil ser encontradas,
nos escombros da mulher adormecida,
achei a amante.
a ela engavinhada.

Vera Aguia

MVG


?...

Minúscula visão dos grandes:
dedos no gatilho.

O sonho dorme na bucha do canhão,
enquadrando a grandeza,
em crànios,
artisticamente essssfacelados.

Quase gozo.

A paixão dessssfaz,
entre pele e carne.

Droga oferecida aos olhos,
traz o cheiro da lucidez.

Invejo os loucos que dizem pela teia,
no jeito ausente de crer,
em sua fugida visão.

Vera Aguiar

terça-feira, 16 de agosto de 2011

ALMA VAZIA

!...‎

Vazia alma,
vaga noite cheia de ecos.
Versos ocupam lacunas,
das bordas de um oceano que não quero beber.
Choro a noite em versos,
em um vide bombardeio sinistro,
que para mim,
eu quero.
Sem o funesto dom de assumir,
grito,
porque sei que o eco na noite não morre!

Vera Aguiar

sábado, 13 de agosto de 2011

PAIZÃO!

Você hoje viaja de carona,
nas intermináveis asas,
para não sei onde.
Acredito que repousarás,
nas imensas sombras do Cristo,
na cadeirinha que para ti,
reservamos no peito.
De onde certamente teus braços,
no além vida vão nos ninar,
para que de teu colo eterno,
possamos desfrutar.
Jamais esqueceremos que,
com teu amor e bondade
aprendemos preparar o coração,
para grandes amores.
Suas coisas?
Nossas coisas!
Nosso passado a limpo avisa:
Tua não presença?
Faz-te ainda mais vivo.
Nós e o universo choraremos.
A separação faz vermos que,
tudo o quanto te amamos foi pouco,
diante do vazio que dói.
Mas o céu nos acarinha.
E o reflexo de tua fé nos acolhe.

Com certeza com saudades e amor,
para meu papis: Raul de souza Aguiar!
Vera Aguiar