domingo, 4 de setembro de 2011

Deus torto.

‎!...

Pedaços de um deus maroto que a lua não alcançou,
cospe fogo de tormento,
cirandeia ao vendaval.
Por não ter seu alazão,
ultrapaça as próprias pernas,
para o inferno caminhar.
Deus faminto,
manco e torto,
não tem paz para sonhar.
É o homem desgraçado,
distraindo sua dor.
Pondo a mão no que não tem,
pervertindo sua pele,
retribui ao desamor.
Filho lícito da desavença,
navegando negro mar,
relatando suas magoas,
com pecados a carimbar.

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